Juramento, Primeiro Posto, Entrega de Medalhas e Destaques.
Santa Maria (RS) – No dia 12 de novembro no pátio de formaturas da 6ª Brigada de Infantaria Blindada aconteceu a solenidade de entrega de medalhas a militares da Base Administrativa da Guarnição de Santa Maria, entrega de espada e realização de compromisso ao primeiro posto.
A cerimônia contou com todo o efetivo militar e presidida pelo comandante da Base Administrativa da Guarnição de Santa Maria, Coronel HAROLDO PATRICIO RIBEIRO FILHO e abrilhantada pela presença dos familiares dos compromitentes, destaques do efetivo variável e homenageados.
Na oportunidade os recrutas da Base Administrativa do ano de 2021 fizeram o juramento ao Pavilhão Nacional e também foi entregue uma placa e diplomas ao recrutas destaques em:
- melhor combatente de aptidão física
- melhor atirador combatente
- destaque de “praça mais distinta”
fotos: Com Soc B Adm Gu SM/1º Ten Fernanda/3º Sgt Viviane
Por fim, ao fazer o uso da palavra o Comandante da B Adm Gu SM recitou a seguinte carta de autoria de Moniz Barreto – Escritor Português:
"Senhor, umas casas existem, no vosso reino onde homens vivem em comum, comendo do mesmo alimento, dormindo em leitos iguais. De manhã, a um toque de corneta, se levantam para obedecer. De noite, a outro toque de corneta, se deitam obedecendo. Da vontade fizeram renúncia como da vida.
Seu nome é sacrifício. Por ofício desprezam a morte e o sofrimento físico. Seus pecados mesmo são generosos, facilmente esplêndidos. A beleza de suas ações é tão grande que os poetas não se cansam de a celebrar. Quando eles passam juntos, fazendo barulho, os corações mais cansados sentem estremecer alguma coisa dentro de si. A gente conhece-os por militares...
Corações mesquinhos lançam-lhes em rosto o pão que comem; como se os cobres do pré pudessem pagar a liberdade e a vida. Publicistas de vista curta acham-nos caros demais, como se alguma coisa houvesse mais cara que a servidão.
Eles, porém, calados, continuam guardando a Nação do estrangeiro e de si mesma. Pelo preço de sua sujeição, eles compram a liberdade para todos e os defendem da invasão estranha e do jugo das paixões. Se a força das coisas os impede agora de fazer em rigor tudo isto, algum dia o fizeram, algum dia o farão. E, desde hoje, é como se o fizessem.
Porque, por definição, o homem da guerra é nobre. E quando ele se põe em marcha, à sua esquerda vai coragem, e à sua direita a disciplina". (MONIZ BARRETO - Carta a El-Rei de Portugal, 1893).